Apresentação

A idéia é tornar este blog um ambiente para reflexão e troca de informações, franqueando espaço àqueles que indagam abertamente e aos que questionam silenciosamente.
Sabendo que o mundo corporativo apresenta, diariamente, inúmeros temas para discussão, e que não poucas vezes o administrador se vê forçado a rever a lógica acadêmica e estabelecer novos parâmetros e critérios, pretende-se com esse blog alimentar a controvérsia e auxiliar seus visitantes no encontro de soluções, de forma prática, direta e divertida.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Concluindo a questão MOTIVAÇÃO

Nas Residências

Os pais devem assumir a responsabilidade pela educação dos filhos, entendendo-a como o resultado de um processo amplo, que abrange as ações do cotidiano e as rotinas escolares. Os pais não podem abdicar da titularidade das ações e da responsabilidade pelos resultados e devem, na qualidade de maiores interessados, monitorar e tomar ações corretivas permanentemente, diante da evidência de problemas e queda de rendimento.

Ao depararem-se com seu filho recém nascido, ainda enrolado dentro de um berço de maternidade qual se fora uma múmia de olhos abertos, assalta os pais um sentimento misto de orgulho e angústia, esta derivada da inexorável constatação de que uma vida se impõe a eles e os aprisiona. O que antes era mera abstração, conjunto formado por conjecturas, imagens pouco claras e sons metálicos de supostos batimentos cardíacos agora se materializa em uma frágil criatura, nem tão bela e nem tão forte quanto se imaginara, apenas um pequeno ser cuja importância não se justifica, mas que já reina como um soberano ranzinza, cheio de vontades.
Menor não seria a angústia se os pais entendessem que ali começa o processo educativo, na forma como reagem aos gritos do adorável ditador, e que tal processo se estenderá até que este alcance a autonomia da vida adulta e passe, ele mesmo, a conduzir a educação de seus filhos.

Porem, a vida moderna inventou o consumo e especialistas na criação de sua necessidade, de tal forma que, para atender aos ditames do consumo e aplacar a lancinante necessidade de possuir os bens que a sociedade impõe como condição de aceitação, os pais se deixam levar pela ciranda do capital, que os quer trabalhando para gerar consumo e consumindo para gerar a riqueza do sistema.
Nesta nova pintura social, as mães, que em geral permaneciam em casa e conduziam a educação moral e ética dos filhos, passaram tal atribuição para os professores que, despreparados e omissos, rejeitaram e devolveram prontamente. Ficaram, conseqüentemente, as crianças e jovens a deriva, recebendo os conceitos que os tocavam mais sonora e diretamente, seja pelos circundantes com quem tem contato, seja pelos meios de comunicação de massa que viram nisso uma grande oportunidade de negócios.
Estando assim, a mercê de interesses e sob sua abrangente influência, as crianças e jovens absorvem seus ideais e desenvolvem crenças espetaculares, preconceitos sem sentido e toda sorte de sentimentos meticulosamente orquestrados pelos operadores do meio, agentes de consumo. Não seria essa a origem dos vícios e de outros males da vida moderna, como a criação de tribos urbanas e a violência pela intolerância entre elas?

É preciso reavaliar o papel dos pais na sociedade moderna. Não seria a preparação dos filhos sua obrigação precípua? Formar e entregar à sociedade cidadãos sadios, com sólida formação ética e moral, preparados para comandar com justiça e serem comandados sem subserviência não seria a mais relevante de todas as atribuições? Sim, é preciso rever nosso papel...

Quem falará aos jovens e crianças sobre o respeito às mulheres e aos mais velhos? Certamente não será o mercado, que os quer ver consumindo o erotismo desde cedo e entregando seus velhos às instituições para idosos.
Quem falará sobre ética? Sobre a importância da obediência às regras estabelecidas e sobre seu questionamento sadio? Não serão aqueles que se beneficiam das transgressões, e que acolhem a impunidade pela inação.
Quem introduzirá as primeiras noções de economia e equilíbrio? Sem dúvida que não serão aqueles que lucram com o despreparo e com a falta de noção de limites por parte dos consumidores.
Quem ensinará o respeito à diversidade, a importância da humildade e dos valores primários que deram as bases para o convívio social? Ninguém senão os pais.

Rever prioridades é o caminho. Ponderar sobre a real importância das coisas, tendo sempre em mente que a educação dos filhos é o que de mais importante pode alguém fazer na vida. Ter a educação por princípio e entender que tudo o mais tem sua importância, porem tem de ser secundado pela formação dos filhos e a esta adaptados.

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